O presidente PSB paraibano, Edvaldo Rosas, está
alertando a Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral para a
possibilidade de um derrame de dinheiro no decorrer da campanha deste
ano por parte do candidato do PSDB ao Governo, Cássio Cunha Lima, assim
como aconteceu nas eleições de 2006.
Naquele ano, a PF apreendeu mais de R$ 500 mil no
Edifício Empresarial Concorde, na Avenida Epitácio Pessoa, em João
Pessoa, às vésperas do segundo turno das eleições. “Dois dias antes das
eleições de 2006, alguém ligado a Cássio Cunha Lima, que estava na sala
103 do Empresarial Concorde, jogou R$ 304 mil pela janela”, lembrou o
presidente do PSB.
Edvaldo recordou que o dinheiro foi jogado pela
janela da sala 103 do Concorde, momentos antes de os fiscais da Justiça
Eleitoral chegarem ao local acompanhados de agentes da Polícia Federal.
“A atitude de jogar o dinheiro pela janela foi para evitar o flagrante
do crime”, disse Edvaldo.
“Foi necessária a mobilização de uma equipe do Corpo
de Bombeiros para recuperar o dinheiro jogado pela janela do Concorde”,
completou o dirigente socialista, lembrando que os fiscais da Justiça
Eleitoral e os agentes da Polícia Federal também encontraram na sala do
Concorde, dezenas de títulos de eleitor, contas de água e luz a serem
pagas e propaganda do então candidato a governador, Cássio Cunha Lima.
O presidente do PSB lembrou ainda que, no domingo,
dia da eleição de 2006, após receber outra denúncia, os fiscais da
Justiça Eleitoral e agentes da PF voltaram ao mesmo local e apreenderam
outra vultuosa quantia superior a R$ 200 mil.
“Foi um escândalo de grandes proporções, afinal era
um monte de dinheiro que seria usado para a compra de votos. O escândalo
teve repercussão nacional. Nunca a Paraíba tinha presenciado algo tão
imoral numa eleição”, disse Edvaldo Rosas.
Ele também lembrou do episódio que ficou conhecido
como ‘Escândalo dos Envelopes Amarelos’. “Após receber uma denúncia, a
Polícia Rodoviária Federal, em Bayeux, apreendeu mais de R$ 40 mil,
dentro de envelopes amarelos destinados a lideranças políticas do
interior, faltando quatro dias para o segundo turno das eleições de
2006”, situou.
“Foi antes da apreensão dos R$ 304 mil do Concorde.
Os envelopes amarelos eram levados em um carro, dirigido por um
funcionário do Estado, para a cidade de Monteiro. Cada envelope tinha o
nome da pessoa que venderia o voto e tinha santinhos do então governador
Cássio Cunha Lima, que disputava a reeleição”, completou o presidente
do PSB.
Assessoria
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