No texto, intitulado “A balada de
Eduardo Campos”, o governador é chamado de “tolo” e “playboy mimado”. A
ex-senadora Marina Silva, que ingressou no PSB depois que a Justiça
Eleitoral negou registro à Rede Sustentabilidade, partido que ainda
tenta criar, é classificada como “vaidosa” e praticante do “adesismo
puro e simples”.
“Beneficiário singular da boa vontade
dos governos do PT, de quem se colocou, desde o governo Lula, como
aliado preferencial, Campos transformou sua perspectiva de poder em
desespero eleitoral, no fim do ano passado. Estimulado pelos cães de
guarda da mídia, decidiu que era hora de se apresentar como candidato a
presidente da República – sem projeto, sem conteúdo e, agora se sabe,
sem compostura política”, diz o texto.
O G1 procurou na noite
desta terça a assessoria do governador Eduardo Campos, que informou ele
não comentará nem emitirá comunicado a respeito.
Campos rompeu com o governo Dilma
Rousseff em setembro, quando entregou os cargos que o PSB ocupava na
administração federal, “em face da possibilidade de, legitimamente,
poder apresentar candidatura à Presidência em 2014″, segundo carta
entregue na ocasião pelo governador à presidente.
No Facebook, a página do PT afirma que
Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco, morto em 2005 e avô de
Eduardo Campos, “faz bem em já não estar entre nós, porque, ainda
estivesse, morreria de desgosto”.
De acordo com a publicação, Marina Silva
se tornou o “ovo da serpente” para Eduardo Campos. “É bem capaz que o
governador esteja pensando com frequência na enrascada em que se meteu”,
porque, segundo o texto, “o objetivo de Marina é se viabilizar como
cabeça da chapa presidencial pretendida pelo PSB”.
O artigo relaciona programas e obras do
governo federal dos quais Campos teria se beneficiado politicamente e
sugere que, se não tivesse rompido com o governo, poderia se tornar mais
tarde o “sucessor” do projeto político do PT. “Campos poderia ser grato
a tudo isso e, mais à frente, com maturidade e honestidade política,
tornar-se o sucessor de um projeto político voltado para o coletivo, e
não para o próprio umbigo.”
“Ao descartar a aliança com o PT e
vender a alma à oposição em troca de uma probabilidade distante – a de
ser presidente da República –, Campos rifou não apenas sua credibilidade
política, mas se mostrou, antes de tudo, um tolo”, afirma o texto.
Em outra opinião expressa no texto, o
perfil do PT no Facebook diz que o governo era tratado como um “playboy
mimado” pela “lulo-petismo”, expressão cuja autoria é atribuída às
“redações da imprensa brasileira”. G1
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